quinta-feira, 23 de abril de 2009

De porquê não vejo o mar

"A cidade aparece como um todo no qual nenhum desejo é desperdiçado e do qual você faz parte, e, uma vez que aqui se goza tudo o que não se goza em outros lugares, não resta nada além de residir nesse desejo e se satisfazer. Anastácia, cidade enganosa, tem um poder, que às vezes se diz maligno e outras vezes benigno: se você trabalha oito horas por dia como minerador de ágatas ônix crisópasos, a fadiga toma dos desejos a sua forma, e você acha que está se divertindo em Anastácia quando não passa de seu escravo."

Italo Calvino em Cidades Invisíveis

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