quinta-feira, 25 de março de 2010

Uma educação

Não se pode dizer que não foi uma educação. Ela estaria mentindo se dissesse que não aprendeu nada se visitava Paris, ia a concertos, vestia Chanel e fumava Sobranie Blacks enquanto suas amigas ainda usavam uniforme do colégio. Ninguém é blasé aos dezesseis anos. Por mais que tente.

Mas ela não pode culpar os próprios pais. Ninguém é tão inconseqüente aos dezesseis anos, por mais que queira. Ela, certamente, nunca foi. Não há ninguém a culpar, exceto a si mesma. E a verdade agora é que ela não se culpa. Nem se arrepende do conhecimento adquirido. Ela só se assusta pelo que não teve tempo de estudar.

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